Urgências médicas e emergências médicas: qual é a diferença?

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Curitiba, 7 de março de 2022, escrito por Gilson Rodrigues. Urgências médicas e emergências médicas: Os hospitais, clínicas e ambulâncias têm um dia a dia muito corrido. Afinal de contas, a todo momento há chamados, os quais se devem atender de prontidão e oferecer o melhor o serviço de atendimento possível.

No entanto, diante de tantos chamados, como é possível estipular quais são aqueles que merecem mais ou menos atenção? Esse é um assunto bastante interessante, em especial para pessoas que, um dia, querem trabalhar nesse meio.

A verdade é que, apesar de ser um ambiente médico, deve-se prezar pelo máximo controle e organização. É bem provável que, ao ir em um pronto socorro ou hospital, você passe por uma triagem, onde você pode sair com uma pulseira de uma cor específica.

Trata-se de um procedimento padrão, que acontece em qualquer lugar. Mas para o que serve isso? Para definir o grau de urgência do atendimento. E, dentro desse contexto, torna-se necessário falar sobre a diferença entre urgências médicas e emergências médicas.

É verdade que parecem ser sinônimos, no entanto, dentro da medicina, trata-se de dois conceitos diferentes e que, portanto, se referem a coisas diferentes. Então, ainda que algumas pessoas a utilizem para definir a mesma coisa, esse não é o correto.

Inclusive, ao passar pela triagem, avalia-se o quão urgente é o seu atendimento. E isso acontece porque, dentro do ambiente hospitalar, aparece pessoas com os mais diversos tipos de problema ou doença, inclusive aqueles com risco de vida.

Sendo assim, se você quer entender um pouco mais sobre esse assunto, é só continuar nesse artigo. Então, sem mais delongas, vamos ao que realmente importa.

Urgências médicas e emergências médicas

Como dito, ainda que sejam duas palavras que tenham uma certa ligação e até uma semelhança na fonética, a verdade é que se tratam de duas coisas distintas. Inclusive, essa é uma informação que todos deveriam saber, e não só quem trabalha na área.

E isso acontece porque, quando você entende qual é a diferença entre ambas, sabe também qual é o melhor local para buscar atendimento. Há vezes em que o paciente se desloca até o pronto socorro, por exemplo, mas não é o ideal.

Afinal de contas, o pronto socorro procura atender casos específicos, em sua maioria. Sendo assim, se você está com algum sintoma, o qual não é compatível com o nível de atendimento do local, você pode demorar a ser avaliado, por exemplo.

Ou, em algumas situações, devido a capacidade, pode acontecer de você nem sequer obter o atendimento que esperava. Por isso, você deve saber o que é urgências médicas e o que são as emergências. Iremos falar sobre isso a seguir.

O que são urgências médicas?

De forma direta, as urgências médicas  nada mais são que aquelas ocasiões em que o paciente não apresenta qualquer tipo de risco iminente à vida. Ou seja, quando mesmo devido a um acidente, doença ou patologia, o indivíduo não corre risco de morrer.

Isso quer dizer, então, que esse tipo de pessoa não precisa de atendimento em tempo hábil? Esse é o pensamento comum, mas não é assim que deveria acontecer. Afinal de contas, a pessoa apenas não corre risco de vida, mas não quer dizer que não tenha dores, por exemplo.

Ademais, devemos frisar o fato de que a pessoa corre outros riscos. No caso de uma fratura, por exemplo, quanto maior é a demora para se ter o atendimento adequado, maiores são os riscos do problema se agravar.

Fora isso, um outro problema que se configura por ser uma urgência é a asma brônquica em crise. E, nessa situação, o paciente não sofre risco iminente à vida. Mas, em ocasiões como essa, o atendimento deve ser feito o quanto antes.

Afinal de contas, à medida que o tempo passa, a pessoa tende a se sentir ainda mais sufocada e com dificuldade de respirar. Sendo assim, como você pôde notar, as urgências não são sinônimo de que a pessoa não requer atendimento hábil.

Mas, na grande maioria das vezes, pode-se resolver o problema de uma forma simples. Por isso, pessoas que se enquadram nessa situação podem esperar um pouco mais que outras. Ademais, não podemos deixar de citar a existência de urgências médicas a domicilio.

Quais casos configuram uma urgência médica?

Agora que você já entendeu o que são, é provável que você queira saber quais são os casos que se enquadram nessa categoria. Vale salientar que há locais de urgências médicas 24 horas, os quais são capazes de prestar um atendimento de prontidão.

No entanto, dentre os casos que se enquadram como sendo uma urgência médica, podemos citar os seguintes mais comuns:

  • Luxação;
  • Fraturas;
  • Torções;
  • Entorses;
  • Retenção urinária em pacientes idosos;
  • Dor no abdome de forma moderada;
  • Crise de asma brônquica;
  • Feridas lácero-contusas;
  • Transtorno psiquiátricos (desde que não estejam em crise psicótica);
  • Mais de um episódio de vômito em até 12h;
  • Febre maior que 38 graus por pelo menos 48 horas;
  • Febre maior que 38 graus, que melhora com antitérmicos, mas que retorna antes de completar 4h.

O que são emergências médicas?

Agora que você entendeu o conceito anterior, é bem provável que tenha uma ideia sobre o que se refere ao conceito de emergências médicas. Em suma, são aquelas pessoas que correm o risco iminente à vida e que, por isso, precisam de atendimento o quanto antes.

Nessas situações, a intervenção médica deve acontecer o quanto antes for possível, a fim de garantir o direito à vida e à sobrevivência do paciente. Por isso, dentro de um pronto socorro, por exemplo, pessoas que se enquadram neste conceito devem passar na frente dos demais,

Afinal de contas, uma pessoa que foi baleada, por exemplo, oferece muito mais chances de morte do que uma pessoa que teve um corte superficial. Em caso de emergência médica, o paciente pode ser encaminhado direto para a sala de cirurgias, por exemplo.

Fora isso, em relação ao transporte (no caso de solicitar uma ambulância), deve-se enviar um veículo do tipo UTI móvel, já que o paciente deve obter um tratamento mais intensivo durante todo o trajeto até o hospital.

Ademais, um outro motivo pelo qual pessoas que se enquadram em emergências devem obter um atendimento mais ágil, refere-se ao fato de que algumas doenças podem fazer com que o paciente tenha algumas sequelas.

E, na grande maioria das vezes, as sequelas são irreversíveis. Por isso, a fim de garantir e manter a qualidade de vida do paciente, deve-se oferecer um atendimento o quanto antes.

Quais casos configuram uma emergência médica?

Você já entendeu o que é uma emergência médica, no entanto, como identificar quando uma pessoa se enquadra nessa categoria? Em suma, são pessoas que apresentam riscos de morte. Dentre os principais exemplos, podemos citar:

  • Corte profundo;
  • Queimaduras de 3° grau;
  • Acidentes que envolvam energia elétrica;
  • Picadas ou mordida de algum animal peçonhento;
  • Afogamentos;
  • Dificuldade respiratória;
  • Hemorragia;
  • Inconsciência ou desmaio;
  • Derrame;
  • Perda de função ou dormência nos braços e pernas;
  • Dor forte no peito (pode indicar infarto);
  • Agressões físicas;
  • Acidentes de carro, moto ou atropelamento;
  • Quedas de locais altos;
  • Intoxicação por alimento ou medicamento;
  • Sangue no vômito, urina, fezes ou tosse;
  • Febre alta  constante;

Esses são apenas alguns exemplos, no entanto, caso você ou o seu familiar apresente algum sintoma grave, deve-se encaminhar ao pronto socorro.

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.