internação involuntária Curitiba

internação involuntária

Curitiba, 13 de fevereiro de 2021, escrito por Gilson Rodrigues. Quando se fala em dependência química, na maioria das vezes a internação involuntária é a única saída. Mas, como fazer para internar um dependente químico que de forma alguma deseja obter tratamento?

Mais complicado ainda é quando o dependente químico traz risco de vida para si e à terceiros.

Nestes casos, o mais indicado é você optar por uma internação involuntária; porém existem algumas normas para este tipo de tratamento.

Continue com a leitura e conheça mais sobre este assunto.

Confira!

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A internação involuntária

Internação involuntária ou compulsória para dependente químico é:

Um modelo de tratamento elaborado especificamente para prestar atendimento e reabilitar o usuário de drogas que se encontra em nível mais crítico como quando ele já não tem mais condições de decidir-se por conta própria colocando em risco sua vida e a de terceiros.

Sendo assim, a internação compulsória é recomendada tanto para homens quanto para mulheres que necessitam do tratamento, mas não concordam com a internação.

Desta forma, quando o uso de drogas está colocando em risco, não apenas a vida do usuário, mas também a de toda família você deve buscar um tratamento involuntário e solicitar a remoção do dependente químico a fim de evitar danos maiores que muitas vezes são irreversíveis.

É fato que o dependente químico com alto nível de dependência se torna um indivíduo incapaz de escolher algo diferente do que faz atualmente. Ele chega até certo ponto em que não consegue mais escolher entre o consumo e a abstinência.

Você mesmo/a pode notar que a vontade que o dependente químico tem de usar a droga (seja ela qual for) é sempre muito maior e acaba se sobrepondo a coisas que antes chegaram a ser importantes na vida dele como, por exemplo:

  • Convívio com parentes e família.
  • Emprego.
  • Estudos.
  • Respeito a padrões e normas, etc.

Logo, é necessário que você tenha atitudes positivas que possam ajudar o dependente químico. Você não pode esperar mais em buscar auxílio profissional para reverter esta situação.

internação involuntária dependentes químicos?

Esta é uma das principais dúvidas dos familiares de dependentes químicos!

O que se deve fazer com dependentes químicos que trazem risco de vida para si e terceiros quando eles resistem à internação?

Saiba que nestes casos irão atuar os enfermeiros e médicos do serviço de resgate dependente químico. Estes são profissionais devidamente treinados, capacitados e qualificados para este tipo de situação.

Já nas clínicas de internação, além do programa de desintoxicação física, o paciente irá receber tratamentos terapêuticos que envolvem:

  • Atividades em grupos.
  • Rodas de conversa.
  • Dinâmicas.
  • Atendimentos individuais, etc.

Tudo isto faz com que o dependente químico se sinta bastante à vontade durante o tratamento. Com o tempo, boa parte dos pacientes acaba se adaptando à reabilitação.

internação involuntária dependentes químicos lei?

É importante você saber também que a internação involuntária para dependentes químicos é prevista pela Lei Nº 13.840 de 2019 devendo a clínica de reabilitação atender a todos as regras impostas por ela sem que prejudique a integridade física e social do paciente.

Assim, quando se opta por internar o dependente de substâncias químicas para realizar um tratamento contra a vontade dele, você (assim como os demais responsáveis e familiares) estará amparada/o por esta lei, pois está buscando um meio de recuperação especializado para salvar a vida do dependente químico.

Alerta! Certifique-se de que estará encaminhando o dependente químico para uma empresa confiável

Ainda que a internação involuntária esteja prevista em lei, alguns estabelecimentos que oferecem tratamento de reabilitação para dependentes químicos não estão devidamente regulamentados para prestar esta modalidade de tratamento involuntário.

Atualmente existe uma série de normas que regulam este tipo de serviço, principalmente para o tratamento compulsório. Determinados registros, como o de estabelecimento de saúde, são essenciais para este modelo de tratamento.

Tais registros proporcionam tranquilidade e segurança a você e aos outros que pertencem a família do dependente químico. Isto evita aborrecimentos futuros e promove confiança para o paciente, vez que ele estará sendo acompanhado e tratado por uma clínica fiscalizada e regulamentada.

Então, ao você decidir internar o dependente químico que traz risco de vida para si e terceiros é extremamente importante que identifique se estará encaminhando-o para uma empresa confiável.

Quando é iniciado o tratamento involuntário?

O internação involuntária se inicia no momento do resgate dependente químico. A equipe especializada da empresa que você escolher irá até o local em que se encontra o paciente e estará comprometida com o bem-estar psicológico e físico do usuário preservando, assim, sua vida.

Vale salientar que o tratamento compulsório precisa ter amparo médico com o acolhimento involuntário devidamente assinado pelo médico psiquiatra especialista na intervenção e trato involuntário do dependente químico.

Tal procedimento é de obrigação para informar ao Ministério Público sobre a internação do dependente e o motivo da mesma.

Concluindo…

Quando um dependente químico traz risco de vida para si e terceiros, a internação voluntária é disciplinada pela Lei Nº 13.840 de 2019 para estes casos. O pedido de tratamento é realizado sem o consentimento do usuário.

Esta modalidade de internação é justificada pela incapacidade do dependente em reconhecer a necessidade de tratamento, levando em consideração a grave condição de risco em que se encontra devido ao uso indiscriminado de substâncias químicas.

Você não deve descartar a internação compulsória para esta pessoa que você tanto deseja que seja resgatada do mundo das drogas. Existem relatos, de indivíduos que se submeteram a este modelo de tratamento, afirmando que após a desintoxicação, os dependentes reconheceram a necessidade de reabilitação, o que fez com que o procedimento fosse facilitado.

Logo, agora que você já sabe o que se deve fazer com dependentes químicos que trazem risco de vida para si e terceiros não hesite em oferecer ajuda a esta pessoa que está sofrendo de dependência química.

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.