Diabetes tipo 1 e 2: quais as diferenças?

Curitiba, 6 de outubro de 2021, escrito por Gilson Rodrigues. A diabetes é uma doença crônica que afeta diretamente no funcionamento do corpo e no controle da quantidade de glicose no sangue. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a doença afeta cerca de 16 milhões de pessoas no Brasil.
A diabetes tipo 1 ou 2, Brasil Emergências Médicas vai explicar todas as diferenças e características de cada uma neste artigo! Você também pode ter mais informações em nosso site.
Sumário
Diabetes tipo 1 e 2: o que é?
Antes de entender o que é Diabetes tipo 1 e 2 ? é preciso saber o que é a glicose. A glicose, que tem sua origem nos carboidratos, é a principal fonte de energia do corpo. Entretanto, para que ela possa ser usada como fonte de energia, é preciso que um hormônio produzido pelo pâncreas, chamado insulina, faça o transporte da glicose para dentro da célula.
Tendo isso em mente, quando a insulina é insuficiente e a glicose não é levada para dentro das células, instala-se então a diabetes. A diabetes pode ser classificada em dois tipos, possuindo diferentes causas e sintomas.
Veja a seguir sobre cada uma delas.
Pré-diabetes: o que é?
A pré-diabetes consiste no estágio anterior ao diabetes tipo 2, portanto, o seu diagnóstico serve como um alerta, pois é nessa fase que os sintomas da doença crônica começam a se manifestar.
De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), há no Brasil cerca de 15 milhões de pré-diabéticos. Entretanto, o quadro pode ser tratado e revertido, não evoluindo para a diabetes tipo 2. Por isso, é tão importante ficar atento aos sintomas e buscar acompanhamento médico.
Quando ele acontece?
O quadro de pré-diabetes ocorre quando a glicose não é metabolizada ou aproveitada de maneira eficiente, acumulando no sangue. Suas causas estão relacionadas ao ganho excessivo de peso, genética, alimentação rica em gordura e açúcares, sedentarismo, idade, entre outros.
Quais os sintomas da pré-diabetes?
Por, geralmente, não apresentar sintomas, a pré-diabetes pode ser descoberta apenas em estágio avançado. Por isso, é importante realizar o exame de glicemia para certificar que se encontra dentro dos valores esperados, principalmente em pessoas com idade superior a 45 anos, com diagnóstico de hipertensão ou histórico de diabetes tipo 2 na família.
Em alguns casos mais raros, pode apresentar o escurecimento das dobras da pele, ou acantose, em regiões como virilha, pescoço e axilas.
Qual o tratamento da pré-diabetes?
O primeiro passo é consultar o médico para avaliar o caso e indicar o tratamento ideal. A mudança de hábitos alimentares e estilo de vida também é fundamental para reverter a doença, reduzindo o consumo de alimentos gordurosos, açucarados e industrializados, além da prática de atividade física.
Diabetes tipo 1
A diabetes tipo 1 é considerada uma doença autoimune, crônica e não-transmissível. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB), esse tipo representa cerca de 5 a 10% dos casos totais de diabetes, tendo uma incidência muito menor. Geralmente ela é manifestada na infância, apesar de também ser diagnosticada na vida adulta.
Quais as causas da diabetes tipo 1?
As causas da diabetes tipo 1 ainda não são completamente esclarecidas, assim como inúmeras doenças autoimunes. De maneira geral, o sistema imunológico identifica uma substância natural do organismo como uma ameaça e começa a atacá-la. Na diabetes tipo 1, o sistema imune ataca o pâncreas, diminuindo significativamente a produção de insulina e, consequentemente, impossibilitando o transporte da glicose. A causa genética também pode ser um fator determinante para o desenvolvimento da doença.
Quais os sintomas da diabetes tipo 1?
Alguns dos sintomas que podem aparecer na diabetes tipo 1 são:
● Fome frequente;
● Sede constante;
● Vontade de urinar inúmeras vezes ao dia;
● Perda de peso significativa e sem explicação;
● Fraqueza;
● Fadiga;
● Mudanças de humor;
● Náusea e vômito.
Vale lembrar que no paciente com diabetes pode ocorrer situações de hiperglicemia ou hipoglicemia e nesses casos, o mais indicado é chamar uma ambulância particular para realizar o atendimento adequado com os profissionais especializados. Isso porque esses episódios podem ser acompanhados por desmaios ou convulsões, caso não seja feita a estabilização da insulina no corpo, colocando a vida do indivíduo em risco.
No caso de hipoglicemia, é aconselhável passar um pouco de açúcar na gengiva do paciente, com a cabeça virada para o lado e com cuidado e segurança para não a machucar. Isso para proteger o paciente enquanto uma ambulância da Brasil Emergências Médicas está a caminho.
Qual o tratamento para a diabetes tipo 1?
Tendo em vista que não existe cura para o diabetes tipo 1, o seu controle é feito através de injeções diárias de insulina, que tem como objetivo controlar a glicemia. O tratamento também deve estar aliado a outras medidas como medicamentos, alimentação saudável e equilibrada e prática de atividade física.
Basicamente, o tratamento para diabetes tipo 1 consiste em:
- Insulina;
- Medicamentos;
- Dieta controlada;
- Exercícios físicos.
Diabetes tipo 2
A diabetes tipo 2 também é uma doença crônica não-transmissível relacionada com a redução da produção de insulina pelo pâncreas, mas as causas se dão por motivos diferentes que na diabetes tipo 1. Com uma incidência muito mais alta que a tipo1, a diabete tipo 2 está diretamente relacionada com a obesidade e estilo de vida.
Quais as causas da diabetes tipo 2?
A doença surge quando a insulina não é produzida em quantidades suficientes pelo pâncreas ou a quantidade produzida não é capaz de realizar sua função adequadamente, causando um aumento de açúcar no sangue. Apesar de também poder ser influenciada pelo fator genético, está diretamente relacionada com má alimentação, sedentarismo e excesso de peso. Além disso, fatores como idade superior a 45 anos, hipertensão; colesterol desregulado; pré-Diabetes; diabetes gestacional anterior e consumo excessivo de álcool podem estar relacionados com o surgimento da doença.
Quais os sintomas da diabetes tipo 2?
A diabetes tipo 2 pode ser assintomática por muitos anos, o que leva ao diagnóstico tardio da doença. Alguns dos sintomas que podem aparecer na diabetes tipo 2 são:
● Fome frequente;
● Sede constante;
● Formigamento nos pés e mãos;
● Vontade de urinar diversas vezes;
● Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
● Feridas que demoram para cicatrizar;
● Visão embaçada.
Qual o tratamento da diabetes tipo 2?
O tratamento é feito com medicamentos antidiabéticos prescritos pelo médico. Caso ocorra a piora da doença com o passar dos anos, pode se tornar necessário o uso de insulina. Portanto, o tratamento também envolve medicamentos, alimentação adequada e prática de exercícios físicos. Na diabete tipo 2, em pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal) superior a 30 sem resultados no tratamento, podem ser indicados para realizar a cirurgia metabólica como tratamento
Caso não seja tratada corretamente, tanto a diabetes tipo 1 como a 2 podem trazer complicações na saúde do indivíduo. Por isso, é importante procurar um profissional especializado para realizar o diagnóstico e tratamento.
Complicações da diabetes
Caso a diabetes não seja tratada corretamente, pode se desenvolver algumas complicações, colocando em risco a vida do indivíduo. Veja algumas delas:
- Lesões nos rins: a nefropatia diabética dificulta a filtração do sangue devido uma alteração que ocorre nos vasos sanguíneos dos rins. Essa condição pode resultar em insuficiência renal, necessitando de hemodiálise.
- Pé diabético: muito comum em complicações da diabetes, o pé diabético é caracterizado pelos surgimentos de feridas na pele e falta de sensibilidade no pé. Caso não seja devidamente tratado, pode ocasionar em lesões graves e necessitar de amputação, uma vez que compromete a circulação sanguínea.
- Problemas nos olhos, como cataratas, edema macular, glaucoma e retinopatia diabética: as diversas alterações na visão também são encontradas como complicações da diabetes, podendo levar, inclusive, a perda completa da visão.
- Problemas no coração: a diabetes não tratada e controlada também favorece o surgimento de doenças que comprometem o coração, como infarto, aumento de pressão e AVC.
- Infecções: por sempre haver açúcar circulante no sangue de uma pessoa com diabetes não controlada, ela é mais propícia ao desenvolvimento de infecções, favorecendo a proliferação de microrganismos. Além de interferir diretamente na imunidade.
Diabetes gestacional
De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos anos houve um aumento significativo de mulheres diagnosticadas com diabetes gestacional. A DMG (Diabetes Mellitus Gestacional) se caracteriza pela intolerância a carboidratos, tendo seu primeiro diagnóstico feito pela primeira vez durante a gestação. A condição pode permanecer ou não após o parto.
Algumas mulheres possuem mais propensão a desenvolver a diabetes gestacional e, por isso, devem ter acompanhamento médico constante e tomar alguns cuidados. Veja alguns fatores de risco para o desenvolvimento da DMG:
- Idade de 35 anos ou mais
- Sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual
- Deposição central excessiva de gordura corporal
- História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau
- Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual
- Antecedentes obstétricos de abortamentos de repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, macrossomia ou DMG
- Síndrome de ovários policísticos
- Baixa estatura (menos de 1,5 m)
Quais as consequências para o bebê?
A diabetes gestacional pode acarretar algumas repercussões no bebê, como menor oxigenação devido à elevada concentração de insulina, crescimento maior que esperado, podendo causar complicações no parto e aumento das chances de cesáreas de emergência ou internação dos recém nascidos em UTIs neonatal.
Qual o tratamento da diabetes gestacional ?
A prevenção, assim como tratamento, é feita através de uma dieta equilibrada e controlada. Após o diagnóstico, a mulher deve realizar medições diárias da glicemia para monitorar a condição da diabetes e evitar picos de insulina. Além disso, pode ser necessário o uso de alguns medicamentos para o controle do metabolismo.
Dúvidas? Fale com a Brasil Emergências Médicas
Caso ainda tenha alguma dúvida sobre a diabetes ou precise de ajuda, conte com a Brasil Emergências Médicas. Lembrando que caso precise de atendimento de primeiros socorros para diabéticos estamos à disposição 24 horas por dia, 7 dias por semana.
A Brasil Emergências Médicas é uma empresa especializada no serviço de ambulância particular. Localizada na cidade de Curitiba, mais precisamente na região metropolitana de Curitiba – São José dos Pinhais. Porém atendemos todo o Brasil. Garantimos um atendimento ágil, rápido e seguro.
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