20 de julho de 2023
Post por: Gilson Rodrigues de Siqueira

Tipos de Ambulância segundo a Portaria 2048: Guia Completo

quais os tipos de ambulancia portaria 2048

Curitiba, 20 de julho de 2023, escrito por Gilson Rodrigues. Você sabe quais os tipos de ambulância portaria 2048 do Ministério da Saúde? Essa portaria estabelece um padrão para cada tipo de ambulância no Brasil, visando garantir um atendimento adequado e eficiente aos pacientes em situações de emergência.

De acordo com a portaria, existem seis tipos de ambulância, classificados de A a F, cada um com suas especificidades e equipamentos necessários. O tipo A é destinado ao transporte e remoção de pacientes sem risco de vida, enquanto o tipo F é uma UTI móvel, equipada para atender pacientes em estado grave.

É importante ressaltar que cada tipo de ambulância deve possuir equipamentos, tripulação e medicações necessárias para garantir um atendimento de qualidade. Além disso, a portaria também define as características de cada tipo de ambulância e a que elas se destinam. Então, se você precisa solicitar uma ambulância, é fundamental saber qual tipo é mais adequado para a situação do paciente.

Quais os tipos de ambulância portaria 2048

A Portaria 2048/02 do Ministério da Saúde classifica as ambulâncias em seis tipos, de acordo com os equipamentos, tripulação e medicações necessárias para cada tipo de atendimento.

Ambulância Tipo A

ambulancia tipo a

A ambulância Tipo A  é indicada para o transporte de pacientes com risco de vida em situações de emergência. Ela deve ser equipada com suporte básico de vida, tais como:

  • Oxigênio;
  • Maca retrátil;
  • Cadeira de rodas;
  • Kit de primeiros socorros.

Ambulância Tipo B

ambulancia tipo b

A ambulância Tipo B é destinada a pacientes que necessitam de atendimento de urgência ou emergência, mas que não correm risco de vida iminente. Ela deve ser equipada com os mesmos itens da ambulância Tipo A e, além disso, deve contar com:

  • Desfibrilador;
  • Monitor cardíaco;
  • Seringas e medicamentos.

Ambulância Tipo C

ambulancia tipo c

A ambulância Tipo C é utilizada para o resgate de pessoas que sofreram acidentes e necessitam de atendimento no próprio local. Ela é tripulada por dois militares socorristas especialistas em salvamentos e um motorista. Além dos equipamentos da ambulância Tipo B, ela deve contar com:

  • Prancha de resgate;
  • Colar cervical;
  • Talas.

Ambulância Tipo D

ambulancia tipo d

A ambulância Tipo D é destinada ao transporte de pacientes que necessitam de cuidados intensivos. Ela deve ser equipada com:

  • Ventilador mecânico;
  • Monitor cardíaco;
  • Desfibrilador;
  • Bomba de infusão;
  • Seringas e medicamentos.

Ambulância Tipo E

ambulancia tipo e

A ambulância Tipo E é utilizada para o transporte de pacientes que necessitam de atendimento de alta complexidade, como transplantes e cirurgias. Ela deve contar com os mesmos equipamentos da ambulância Tipo D, além de:

  • Incubadora;
  • Respirador;
  • Desfibrilador externo automático.

Ambulância Tipo F

ambulancia tipo f

A ambulância Tipo F  é destinada ao transporte de pacientes que não necessitam de cuidados intensivos, mas que precisam de assistência médica durante o transporte. Ela deve contar com:

  • Maca fixa;
  • Cadeira de rodas;
  • Seringas e medicamentos.

A classificação de ambulâncias é importante para garantir que cada tipo de atendimento seja realizado com os equipamentos e medicamentos necessários. É fundamental que as ambulâncias estejam sempre em boas condições e que a tripulação esteja capacitada para prestar o melhor atendimento possível.

Equipamentos e Recursos

As ambulâncias são equipadas com uma série de instrumentos e recursos que permitem aos profissionais de saúde prestar atendimento de qualidade aos pacientes. De acordo com a Portaria 2048, as ambulâncias devem possuir equipamentos básicos e de suporte à vida.

Equipamentos Básicos

Os equipamentos básicos incluem itens como cilindro de oxigênio, rede de oxigênio, colares cervicais, radiocomunicação e ressuscitador manual. O cilindro de oxigênio é utilizado para administrar oxigênio aos pacientes que apresentam dificuldades respiratórias. A rede de oxigênio é usada para garantir que o oxigênio esteja disponível em todos os momentos. Os colares cervicais são usados para imobilizar a coluna cervical em caso de suspeita de lesão na coluna vertebral. A radiocomunicação é usada para manter contato com a central de regulação médica e outros serviços de emergência. O ressuscitador manual é usado para fornecer ventilação artificial aos pacientes que apresentam dificuldades respiratórias.

Equipamentos de Suporte à Vida

Os equipamentos de suporte à vida são usados para monitorar e manter as funções vitais dos pacientes. Eles incluem itens como respirador, suporte para soro e kit emergencial. O respirador é usado para fornecer ventilação mecânica aos pacientes que não conseguem respirar por conta própria. O suporte para soro é usado para administrar líquidos e medicamentos aos pacientes. O kit emergencial contém medicamentos e equipamentos que podem ser usados para tratar uma ampla variedade de condições médicas.

Em resumo, a Portaria 2048 estabelece que as ambulâncias devem estar equipadas com todos os recursos necessários para garantir que os pacientes recebam atendimento de qualidade. Os profissionais de saúde devem estar bem treinados e familiarizados com todos os equipamentos e recursos disponíveis para garantir que possam prestar atendimento de qualidade em todas as situações de emergência.

Equipe de Atendimento

A equipe de atendimento de uma ambulância é composta por profissionais de saúde altamente qualificados e treinados para prestar assistência médica de emergência. A portaria 2048 define os tipos de ambulâncias e os profissionais necessários para cada tipo.

Médicos

Os médicos são essenciais em ambulâncias de alta complexidade, como as do tipo D e E. Eles são responsáveis por realizar procedimentos invasivos, como intubação, drenagem de tórax e aplicação de medicamentos específicos. Além disso, eles também avaliam e monitoram o estado geral do paciente e tomam decisões para garantir o melhor tratamento possível.

Enfermeiros

Os enfermeiros são responsáveis por auxiliar o médico em procedimentos invasivos e administrar medicamentos prescritos. Eles também monitoram os sinais vitais do paciente e prestam cuidados básicos, como curativos e imobilização. Os enfermeiros são essenciais em ambulâncias de média e alta complexidade, como as do tipo B, C, D e E.

Técnicos de Enfermagem

Os técnicos de enfermagem são responsáveis por prestar cuidados básicos ao paciente, como aferir a pressão arterial, realizar curativos, administrar medicamentos prescritos e monitorar os sinais vitais. Eles são essenciais em ambulâncias de baixa e média complexidade, como as do tipo A e B.

Motoristas

Os motoristas são responsáveis por conduzir a ambulância com segurança e rapidez, respeitando as leis de trânsito e garantindo a estabilidade do paciente durante o transporte. Eles também auxiliam a equipe de saúde no atendimento ao paciente, quando necessário.

Em resumo, a equipe de atendimento de uma ambulância é composta por profissionais altamente qualificados e treinados para prestar assistência médica de emergência. Cada profissional tem um papel específico e é essencial para garantir o melhor tratamento possível ao paciente.

Tipos de Atendimento

A Portaria 2048 do Ministério da Saúde  define os tipos de ambulância para atendimento pré-hospitalar móvel, transporte inter-hospitalar e atendimento no local. É importante conhecer esses tipos para garantir a assistência adequada em situações de urgência e emergência.

Atendimento Pré-Hospitalar Móvel

O atendimento pré-hospitalar móvel é realizado por ambulâncias de suporte básico (Tipo B) e avançado (Tipo D). A ambulância Tipo B é equipada com materiais e medicamentos para atender pacientes com quadros clínicos não graves, enquanto a Tipo D é destinada a atender pacientes em estado grave que necessitam de intervenção médica imediata.

Transporte Inter-Hospitalar

O transporte inter-hospitalar é realizado por ambulâncias de suporte básico (Tipo B) e avançado (Tipo D). A ambulância Tipo B é utilizada para transportar pacientes com quadros clínicos estáveis, enquanto a Tipo D é destinada a transportar pacientes em estado grave que necessitam de monitorização e intervenções médicas durante o transporte.

Atendimento no Local

O atendimento no local é realizado por ambulâncias de suporte básico (Tipo A) e avançado (Tipo C). A ambulância Tipo A é utilizada para atender pacientes com quadros clínicos não graves e realizar o transporte para unidades de saúde, enquanto a Tipo C é destinada a atender pacientes em estado grave que necessitam de intervenção médica imediata no local.

É importante lembrar que a Portaria 2048 também define as diretrizes para o atendimento pré-hospitalar fixo e para as unidades não-hospitalares de atendimento às urgências e emergências. O objetivo é garantir um atendimento de qualidade e resolutivo para pacientes em situações de urgência e emergência.

Regulação e Normas

Portaria 2048/02

A Portaria nº 2048/02 é uma norma do Ministério da Saúde que estabelece os princípios e diretrizes dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Ela é responsável por definir as normas e critérios de funcionamento, classificação e cadastramento de serviços de saúde que atuam na área de urgência e emergência.

A portaria 2048/02 também estabelece os tipos de ambulâncias que devem ser utilizados em cada situação de atendimento. São eles: Tipo A, Tipo B, Tipo C, Tipo D, Tipo E e Tipo F. Cada tipo de ambulância possui equipamentos, tripulação e medicações específicas, de acordo com as necessidades do paciente.

ABNT NBR 14561/2000

A ABNT NBR 14561/2000  é uma norma técnica que estabelece os requisitos mínimos para a construção e equipagem de ambulâncias tipo A, B e C. Essa norma tem como objetivo garantir a segurança dos pacientes e da equipe de saúde durante o transporte.

De acordo com a ABNT NBR 14561/2000, as ambulâncias devem possuir equipamentos e materiais específicos, como maca, cilindro de oxigênio, desfibrilador, entre outros. Além disso, a norma estabelece os requisitos mínimos de espaço interno e altura livre para acomodação do paciente.

Norma Operacional da Assistência à Saúde

A Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS) é uma norma do Ministério da Saúde que estabelece as diretrizes para a organização e funcionamento dos serviços de saúde em todo o país. Ela tem como objetivo garantir o acesso universal e igualitário à saúde, com qualidade e eficiência.

A NOAS estabelece as normas específicas para o atendimento de urgência e emergência, incluindo a regulação médica das urgências e emergências e a obrigatoriedade da presença de equipe de saúde qualificada para as especificidades deste atendimento. Além disso, a norma define os critérios para a classificação e cadastramento dos serviços de saúde que atuam na área de urgência e emergência.

Em resumo, a Portaria 2048/02, a ABNT NBR 14561/2000 e a Norma Operacional da Assistência à Saúde são normas importantes para garantir a qualidade e segurança do atendimento de urgência e emergência no Brasil. É fundamental que os serviços de saúde estejam em conformidade com essas normas para garantir a melhor assistência possível aos pacientes.

Sistema de Saúde Brasileiro

O Sistema de Saúde Brasileiro é composto por uma rede assistencial que busca atender a toda a população, independentemente de sua condição financeira. Esse sistema é regulamentado por uma política nacional que estabelece diretrizes e normas para a organização e funcionamento do sistema de saúde no país.

Sistema Único de Saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal sistema de saúde do Brasil e tem como objetivo garantir a universalidade de acesso, a integralidade na atenção e a eqüidade na alocação de recursos. Ele é financiado com recursos públicos e é responsável por oferecer serviços de saúde em todo o país.

Programa de Saúde da Família

O Programa de Saúde da Família é um programa do SUS que tem como objetivo oferecer atendimento básico de saúde para a população. Esse programa é composto por equipes de saúde que atuam nas unidades básicas de saúde e que são responsáveis por oferecer atendimento médico, odontológico, enfermagem e outros serviços de saúde.

Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e Emergências

Os Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e Emergências são programas que têm como objetivo garantir o atendimento rápido e adequado em casos de emergência médica. Esses planos são regulamentados pela Portaria 2048/2002, que define os tipos de ambulâncias e os equipamentos necessários para cada tipo de atendimento.

O Sistema de Saúde Brasileiro conta com uma grande rede assistencial que é composta por hospitais, postos de saúde, unidades básicas de saúde, entre outros. Além disso, o sistema conta com recursos humanos capacitados para oferecer atendimento de qualidade para a população.

Os sistemas regionalizados são responsáveis por organizar a oferta de serviços de saúde em cada região do país, garantindo que a população tenha acesso aos serviços de saúde de forma equitativa e eficiente. A universalidade de acesso é um dos princípios fundamentais do SUS, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços de saúde de forma igualitária.

Em resumo, o Sistema de Saúde Brasileiro é um sistema complexo que busca garantir a saúde da população brasileira. O SUS é o principal sistema de saúde do país e conta com programas como o Programa de Saúde da Família e os Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e Emergências para garantir o atendimento adequado para a população.

Considerações Finais

A portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde estabelece os padrões para cada tipo de ambulância  no Brasil. As ambulâncias são classificadas de acordo com a capacidade de atendimento e equipamentos. É importante ressaltar que cada tipo de ambulância possui uma tripulação específica e deve atender a determinados requisitos.

O atendimento pré-hospitalar é crucial para a sobrevivência do paciente. A ambulância é o meio de transporte mais utilizado para transportar pacientes em situações de emergência. Por isso, é fundamental que as ambulâncias possuam equipamentos e medicamentos adequados para garantir um atendimento de qualidade.

A portaria 2048/2002 define seis tipos de ambulâncias, cada uma com sua finalidade específica. A ambulância Tipo A é utilizada para transporte de pacientes sem risco de vida. Já a ambulância Tipo B é destinada a pacientes com risco de vida, que necessitam de monitoramento e suporte avançado de vida. A ambulância Tipo C é utilizada para transporte de pacientes em estado grave, que necessitam de suporte avançado de vida.

A ambulância Tipo D é destinada a pacientes que necessitam de atendimento em UTI móvel. A ambulância Tipo E é utilizada para transporte de pacientes com necessidades especiais, como cadeirantes. Por fim, a ambulância Tipo F é destinada ao transporte de pacientes mortos.

Em resumo, a portaria 2048/2002 é uma importante norma que estabelece os padrões para cada tipo de ambulância no Brasil. É fundamental que as ambulâncias possuam equipamentos e medicamentos adequados para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes. A tripulação das ambulâncias deve estar capacitada para prestar atendimento pré-hospitalar de qualidade e garantir a segurança dos pacientes durante o transporte.

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.