8 de março de 2022
Post por: Gilson Rodrigues de Siqueira

Placenta: problemas que podem ocorrer durante a gravidez

placenta

Curitiba, 8 de março de 2022, escrito por Gilson Rodrigues. A placenta é um órgão formado ao longo da gestação, que tem como principal objetivo promover a comunicação entre a mãe e o feto e, assim, garantir ao feto todas as condições ideais para o seu desenvolvimento.

Dessa forma, a placenta é a conexão entre o feto e a mãe, realizando todas as funções biológicas que ele ainda não é capaz de fazer.

Devido ao seu papel indispensável na gravidez, a Brasil Emergências Médicas vai esclarecer tudo a respeito da placenta e bebê e como mantê-la saudável durante todo o período gestacional.

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Quais as funções da placenta?

As principais funções da placenta envolvem

  • Fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê;
  • Estimular a produção dos hormônios essenciais para desenvolvimento adequado da gestação;
  • Garantir proteção imunológica ao bebê;
  • A placenta protege o bebê contra impactos na barriga da mãe;
  • Eliminar os resíduos produzidos pelo bebê, como por exemplo, a urina.

A placenta é fundamental para o pleno desenvolvimento do bebê, todavia, ao longo da gestação, é possível que ocorra algumas alterações indesejadas, o que traz riscos e complicações tanto para a mãe, quanto para o bebê.

Como a placenta é formada?

A formação da placenta se inicia assim que ocorre a implantação no útero, sendo formada por células tanto do útero quanto do bebê. O crescimento é rápido e já no terceiro trimestre de gravidez, a placenta é maior que o bebê. Em torno da décima sexta semana de gestação, a placenta e o bebê têm o mesmo tamanho, e no final da gravidez o bebê já se encontra cerca de 6 vezes mais pesado que a placenta.

A placenta é eliminada no momento do parto, ou seja, a placenta sai junto com o bebê, seja o parto cesárea ou natural. Durante o parto normal, a placenta sai espontaneamente depois de 4 a 5 contrações uterinas, que são menos dolorosas que as contrações uterinas que ocorrem durante a saída do bebê.

6 problemas mais comuns da placenta

Como dito anteriormente, o ideal é a placenta permanecer ligada ao bebê e íntegra durante toda a gestação para que o desenvolvimento do feto ocorra normalmente.

Entretanto, podem acontecer algumas alterações na placenta durante a  gravidez, que acabam prejudicando e trazendo consequências para a mãe e para o bebê, caso as medidas necessárias não sejam tomadas a tempo.

Entre as alterações que a placenta pode sofrer, estão:

1 – Placenta prévia

A placenta prévia, também conhecida como placenta baixa, ocorre quando a placenta se desenvolve parcial ou totalmente na região inferior do útero, o que pode impedir o parto normal.

A placenta prévia é comum no início da gravidez, não sendo muito preocupante, uma vez que o crescimento do útero, ao longo da gestação, pode fazer com que a placenta seja deslocada para o local correto, havendo a possibilidade de realizar o parto normal.

Todavia, quando a placenta prévia persiste até o terceiro trimestre de gestação, isso pode prejudicar o desenvolvimento do bebê e no parto.

É possível perceber a placenta baixa através de sangramento vaginal, sendo necessário consultar o ginecologista e/ou obstetra para realizar o diagnóstico e, assim, diminuir os riscos de parto prematuro ou outras complicações.

2 – Descolamento da placenta

O descolamento da placenta diz respeito a uma situação onde a placenta é separada da parede do útero, ocorrendo sangramento vaginal e forte cólica abdominal. Devido à separação da placenta, há uma diminuição da quantidade de nutrientes e oxigênio ofertados para o bebê, interferindo diretamente no seu desenvolvimento.

O descolamento da placenta ocorre com maior frequência a partir da 20ª semana de gestação e pode ocasionar um parto prematuro.

3 – Placenta acreta

A placenta acreta ocorre quando há uma fixação anormal ao útero, havendo uma resistência da expulsão da placenta na hora do parto. Esse cenário pode causar hemorragias intensas, com necessidade de transfusão de sangue e, em casos mais graves, remoção total do útero, além de ser uma situação de risco para a mulher.

4 – Placenta calcificada ou envelhecida

A placenta calcificada ou envelhecida está relacionada com o grau de desenvolvimento da placenta. Essa alteração representa um problema caso a placenta for classificada de grau III antes das 34 semanas, pois pode acabar causando diminuição do ritmo de crescimento do feto. De maneira geral, a mulher não apresenta sintomas e esse problema pode ser identificado pelo médico nas ultrassonografias de rotina.

5 – Trombose placentária

A trombose placentária, ou infarto da placenta, ocorre quando há entupimento de algum vaso sanguíneo da placenta, o que caracteriza uma trombose e resulta na redução da quantidade de sangue que vai para o bebê. Mesmo que essa condição possa não causar nenhum sintoma e passar despercebida ao longo da gravidez, ela também pode causar abortos.

6 – Rotura uterina

Se trata do rompimento da musculatura uterina durante a gestação ou o parto, podendo levar ao parto prematuro e morte da mãe ou do feto. A rotura uterina é uma complicação rara, que precisa de cirurgia para ser tratada e seus sintomas envolvem dor intensa, sangramento vaginal e diminuição dos batimentos cardíacos do feto.

Para prevenir e identificar qualquer uma das alterações na placenta do bebê antes do surgimento de problemas graves, é preciso realizar as consultas de rotina com o obstetra e fazer todos os exames de ultrassom necessários em cada fase da gestação. Vale lembrar que em casos de sangramento vaginal ou dor uterina intensa, é necessário procurar o médico o quanto antes.

Por que a saúde da placenta é tão importante?

Ao longo de toda a gestação, a placenta desempenha um papel imprescindível capaz de garantir que o bebê cresça e se desenvolva da melhor forma possível.

Fornecer nutrientes e oxigênio, transportar resíduos, proteger o feto contra infecções são algumas de suas funções.

Um bebê saudável, indica uma placenta saudável. Pensando nisso, reunimos algumas dicas para manter a saúde da placenta e do bebê ao longo da sua gestação:

  • Mantenha uma alimentação saudável e equilibrada, ingerindo frutas, legumes e verduras frescas e evitando alimentos processados, açucarados e fritos.
  • Mantenha uma rotina de exercícios físicos regularmente durante a gestação, aumentando o suprimento de oxigênio do seu corpo.
  • Faça atividades que busquem aliviar o estresse, como a meditação, e passe um tempo com pessoas queridas para você. Pesquisas indicam que os hormônios do estresse são capazes de passar da mãe para o bebê pela placenta, e por isso é bom se manter calma.
  • Evite fumar.
  • Evite o álcool.

O bebê fica dentro da placenta?

Há, no interior da placenta, o líquido amniótico, dentro do qual se encontra o bebê, e o cordão umbilical é a ligação entre bebê e a  placenta, por onde irá circular o sangue da gestante e do feto. Assim, a placenta permite a passagem de nutrientes até o bebê e que as trocas gasosas sejam realizadas.

O que é a dequitação da placenta?

A dequitação é a saída ou expulsão da placenta de dentro do útero, chamado de terceiro período do parto, que acontece após a saída e nascimento do bebê. Após o nascimento, há um tempo médio de até 30 minutos para que ocorra a expulsão da placenta de dentro do útero.

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.