Quais são os tipos de internação?

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Curitiba, 11 de agosto de 2022, escrito por Gilson Rodrigues. Você sabe quais são os tipos de internação? A verdade é que muitas pessoas ainda têm algumas dúvidas sobre isso. Porém, se você tem um ente querido que sofre de dependência química, por exemplo, é importante saber quais são os tipos de internação que existem, além de suas diferenças.

Mesmo porque, nesses casos, você pode querer pedir uma ambulância para  remoção de dependentes químicos. Mas se esse for o caso, é vital que você saiba quais são os tipos de internação e suas respectivas diferenças.

E hoje é comum ver pessoas de todas as esferas da vida se drogando, haja vista que o acesso é muito fácil. Não é em vão que muitos consideram esta doença como o maior mal do século, pois muitas pessoas têm que enfrentar esse grande problema.

Mas, devido ao aumento do número de pessoas dependentes de droga, tornou-se muito necessário entender quais são os tipos de internação, até mesmo para que seja possível solicitar um serviço que vá de acordo com a necessidade de cada ocasião.

Quando o próprio paciente percebe que tem um problema, ele mesmo pode solicitar esse tipo de atendimento. No entanto, sabe-se que, na maioria dos casos, isso não ocorre. Muitas famílias estão enfrentando sérios problemas porque muitos não aceitam o tratamento.

E é neste contexto que surge a necessidade de saber quais são os tipos de internação, e até saber como cada um funciona, sobre todos os seus detalhes. Afinal, quanto mais o viciado se aprofunda em seu vício, pior se torna o problema.

Então, dependendo do nível de aceitação do paciente, existem esses três tipos de internação Por isso, neste artigo, falaremos sobre o que é internação voluntária, involuntária e compulsória. Sem mais delongas, vamos ao que realmente importa.

Quais são os tipos de internação existentes?

E então, quais são os tipos de internação que existem? Embora muitas pessoas possam pensar que não há grandes diferenças, e que cada uma é basicamente a mesma coisa, saiba que não é bem assim.

A verdade é que existem diferenças entre todos esses tipos de internação. Embora na realidade todos tenham o mesmo tratamento, a forma com que cada uma opera, não é a mesma.

Então, se você quer saber quais são os tipos de internação, basta seguir para as próximas seções. Confira!

Internação voluntária

A internação voluntária, como o nome sugere, nada mais é do que quando o paciente concorda em receber tratamento.

Ou seja, nessa  internação, o paciente em questão percebe que tem uma doença e, portanto, necessita de suporte médico adequado.

No entanto, mesmo que concorde em receber esse tratamento, ele deve assinar uma declaração, que visa demonstrar que está disposto a ser internado na referida clínica de tratamento de dependência química.

Por isso, é preciso saber onde internar um dependente químico, para que ele se recupere e volte a ter a mesma qualidade de vida de antes.

Internação involuntária

A internação involuntária nada mais é do que um dos tipos de internação. Mas, neste caso, refere-se a pacientes que se recusam a receber esse tipo de tratamento.

O que significa que, na maioria das vezes, o caso é muito mais grave, porque, para o paciente não aceitar o tratamento, significa que ele não percebe que tem uma doença e todos os problemas que a substância fez com que ele passasse ao longo de sua vida.

Então, isso significa que ele perdeu a compreensão do perigo que está enfrentando, mais do que isso, não sabe o perigo que representa para si mesmo e sua família, além de para todas as outras pessoas com quem tem um relacionamento.

O extremo uso de drogas faz com que o paciente chegue a um estágio em que ele não tem capacidade mental para distinguir entre o certo e o errado.

Então ele não pode nem decidir se quer tratamento ou não. Portanto, a lei da internação involuntária possibilita esse tipo de intervenção.

Como funciona o processo de internação involuntária?

Nesse caso, a internação involuntária para dependentes químicos tem todo um respaldo por lei. E isso significa que é importante seguir tudo o que o regulamento diz.

Muitas pessoas se perguntam se a internação involuntária é crime, no entanto, saiba que não é. Desde que tudo seja seguido de acordo com a lei, não há problema.

Certo, mas como funciona a internação involuntária? Em primeiro lugar, apenas um parente que tem primeiro grau pode fazer esse pedido.

Ou seja, pais, filhos e avós. Mas, se outra pessoa, fora desse padrão, tiver autoridade legal para a tutela do paciente, pode fazer um pedido.

No entanto, o cônjuge não tem essa permissão de solicitar a intervenção involuntária.

Ademais, assim que a solicitação for feita, o viciado ainda deve ser avaliado por um médico, a fim de constatar que de fato precisa desse tratamento.

E, ao longo de todo o trajeto até o médico e depois para a clínica, ele pode contar com um serviço de  resgate de dependente químico, para dar total suporte ao paciente adicto durante todo o processo.

Internação compulsória

Muitas pessoas se perguntam qual a diferença entre internação voluntária e compulsória, já que em ambos os casos o paciente não concorda em receber o tratamento. E realmente, não há como negar esse fato.

Mas a principal diferença entre a internação voluntária e a compulsória diz respeito ao fato de que, neste caso, outras pessoas podem fazer essa solicitação. Como assim?

Como você viu no tópico acima, apenas parentes de primeiro grau podem solicitar a internação involuntária para dependentes químicos.

No entanto, é necessário considerar os casos em que o paciente não pode contar com a ajuda de nenhum deles.

Digamos que você é casado com alguém que não tem pais e avós vivos nem filhos. Se ele é dependente, com certeza ele precisa de ajuda, mas a quem recorrer, nesse caso? É por isso que existe a internação compulsória.

Como funciona a internação compulsória?

Para que esse método aconteça, uma ordem judicial deve ser emitida. E isso não vai depender da vontade do paciente.

Em regra, essa ordem visa representar a resposta do juiz ao pedido formulado pelo médico, comprovando essa necessidade de internação. E, neste caso específico, a família sequer precisa ter alguma ligação com a solicitação.

No entanto, esse tipo de internação também é uma alternativa às medidas cautelares quando um crime é cometido por alguém sob o efeito de drogas.

Além disso, nesse tipo de internação, também é exigido um laudo médico, que deve comprovar a necessidade desse tratamento.

Somente após essa análise do parecer e das condições de segurança do paciente é que o juiz emitirá uma ordem, que determinará a necessidade de tratamento do paciente.

Além disso, outra grande diferença da internação compulsória é que o juiz não pode interferir no tratamento, apenas especialistas podem decidir o seu fim.

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.