Teste rápido Covid-19
Curitiba, 6 de outubro de 2021, escrito por Gilson Rodrigues. O teste rápido covid-19 popularizou-se e tornou-se uma importante ferramenta no diagnóstico ágil, contribuindo para detecção e controle dos casos da doença. Entretanto, é muito importante saber como ele funciona e suas limitações para evitar resultados incoerentes.
Você sabe como funciona o teste rápido covid-19? Não se preocupe, a Brasil Emergências Médicas vai ajudar você! Saiba tudo sobre o teste rápido para COVID-19 neste artigo e acesse nosso site para mais informações.
Sumário
COVID-19: Como funciona o teste rápido
O teste rápido covid-19 é feito a partir de pequenas gotas de sangue que são pingadas na fita absorvente e levando-a até o reagente que irá indicar se há a presença de anticorpos contra o vírus. Caso mude de cor e o exame indique duas faixas positivas, significa que o paciente teve contato com o Sars-CoV-2.
Esse tipo de exame apresenta algumas vantagens em relação aos outros, confira algumas delas:
1. Praticidade: fácil de encontrar e pode ser realizado em qualquer lugar.
2. Preço: mais barato que os outros testes disponíveis.
3. Agilidade: o resultado é obtido em poucos minutos.
Quando devo realizar o teste rápido?
O mais indicado é que o teste rápido covid-19 seja feito após o sétimo dia desde o início dos sintomas (idealmente após o décimo dia). Realizá-lo antes desse período pode levar a falsos-negativos, uma vez que a produção desses anticorpos leva alguns dias.
A prioridade de realização do teste estabelecida pelo Ministério da Saúde é:
- Profissionais de saúde e segurança pública em atividade;
- Pessoas que morem no mesmo domicílio que profissional da saúde ou segurança pública com sintomas e em atividade;
- População idosa (a partir dos 60 anos);
- Pessoas com condições clínicas de risco, como doenças cardíacas, respiratórias e renais graves e mal controladas;
- População economicamente ativa com idade entre 15 e 59 anos;
- Óbitos suspeitos de covid-19.
O que o resultado do teste rápido indica?
Este tipo de teste, como dito anteriormente, indica que a pessoa já teve contato com vírus, uma vez que detectou a presença de anticorpos contra ele. Ele avalia dois anticorpos diferentes, sendo eles o IgM e IgG. Se, ao realizar o teste, aparecer uma listra colorida em algum deles, deve-se interpretar de maneira diferente. Veja a seguir:
- IgM: significa que a pessoa está ou esteve infectada recentemente.
- IgG: significa que a pessoa já teve contato com o vírus no passado.
Se o teste rápido der negativo, significa que nunca tive a doença?
Não. O resultado negativo indica que você não tem anticorpos contra a doença. Entretanto, ainda não é possível saber quanto tempo eles permanecem imunizando a pessoa após infectado. Por isso, é importante manter os cuidados de distanciamento social e higiene.
Quais as limitações do teste rápido?
Assim como qualquer exame, o teste rápido COVID-19 também possui suas limitações. Devido a sua alta imprecisão, pelo fato de nem todas as pessoas contaminadas terem a presença destes anticorpos no sangue, dependendo da data em que seja feito o exame. Além disso, ele pode dar positivo para anticorpos produzidos para outros vírus, gerando assim, falsos-positivos. Por isso, os resultados devem ser interpretados com cautela.
Quem pode fazer esse tipo de teste?
É possível realizar o teste rápido covid-19 na rede privada em laboratórios ou através do SUS. Todavia, devido à alta demanda, há uma lista de prioridade para sua realização (citada acima).
Transmissão
A transmissão do vírus se dá basicamente por contato que tenha ocorrido a secreção contaminada através de:
● Tosse;
● Espirro;
● Gotículas de saliva;
● Contato próximo;
● Contato com objetos e superfícies contaminadas, com contato posterior com a boca, olhos ou nariz.
Pacientes assintomáticos podem transmitir o vírus?
Sim. Apesar da presença mais baixa de carga viral, a pessoa que não apresenta sintomas pode seguir contaminando outras. Segundo o CDC dos EUA, a transmissão assintomática pode ser responsável por ¼ das transmissões.
Inclusive, foi publicado pela revista Nature, que quando os sintomas ainda estão leves, na fase inicial da doença, as pessoas contaminadas são capazes de ser ainda mais contagiosas. Por isso é tão importante tomar todos os cuidados previamente.
Cuidados com a COVID-19
Como dito anteriormente, apesar da testagem ser uma ferramenta importante de detecção e controle da doença, é necessário manter os cuidados necessários para evitar a contaminação e disseminação do vírus. Veja as medidas gerais de cuidados e orientações de segurança para se ter em ambientes compartilhados:
- Evite usar o elevador com outras pessoas sempre que possível e mantenha a distância de um metro e meio da outra pessoa. Tenha sempre a escada como opção para evitar contatos maiores no elevador.
- Busque sempre deixar o ambiente o mais arejado possível. Abra as janelas e portas para permitir a circulação do ar. No caso do uso de ar-condicionado é importante ter um sistema de refrigeração que renove o ar (puxe-o e elimine-o na rua) e não de circulação do ar.
- Sempre mantenha a distância mínima de 1,5 metro entre as pessoas ao seu redor e mantenha a máscara no rosto.
- Higienize as mãos antes e depois de usar o elevador, banheiro público, maçanetas, interruptor, controles, caixas-rápido ou qualquer local que haja registro eletrônico ou superfície compartilhada.
- Se for fazer refeições em lugares comuns, aumente a distância para dois metros.
- A higienização do ambiente de trabalho e equipamentos em comum não é só da equipe de limpeza e sim de todos. Mantenha o álcool gel sempre próximo e um borrifador.
Quem são os grupos de riscos?
O risco de complicações mais graves acomete mais os idosos, principalmente com sistema imune mais frágil. Além disso, os sintomas podem evoluir mais facilmente em:
- Pessoas com doenças autoimunes;
- Pessoas com alguma doença crônica, como diabetes, hipertensão, câncer e insuficiência renal ou cardíaca;
- Pessoas com infecções ou tratamento que enfraquecem o sistema imune, como HIV e quimioterapia;
- Pessoas que tenham realizado cirurgia em período recente.
O excesso de peso também pode ser considerado um fator de risco. Isso porque pessoas com IMC > 30, exigem mais trabalho do corpo para que ele seja oxigenado adequadamente. Além disso, é comum a obesidade estar associada a outras doenças crônicas como diabetes e hipertensão, aumentando ainda mais os riscos.
Sintomas COVID-19
O vírus Sars-CoV-2, responsável pelo COVID-19 pode causar diversos sintomas, variando, inclusive, de pessoa para pessoa. Normalmente eles aparecem do 2 ao 14 dia da doença, e podem incluir:
1. Tosse seca e persistente;
2. Febre acima de 38º C;
3. Cansaço excessivo;
4. Dor muscular no corpo todo;
5. Dor de cabeça;
6. Garganta inflamada;
7. Coriza ou nariz entupido;
8. Alterações do trânsito intestinal, como diarreia;
9. Perda de gosto e olfato;
10. Náusea ou vômito.
Por serem sintomas muito parecidos com a gripe comum, podem ser facilmente confundidos. Quando apresentados na sua forma leve, podem seguir com tratamento domiciliar e isolamento, tanto do paciente quanto das pessoas que tiveram contato com ele.
No entanto, os sintomas da COVID-19 podem se agravar em um curto período de tempo, causando dificuldades para respirar, tosse com sangue e dores no peito. Nestas situações, a infecção é considerada grave e precisa ser tratada no hospital o mais rápido possível.
Vale ressaltar que em caso de sintomas como tosse, febre, cansaço, dores de cabeça, coriza e suspeita de COVID-19, evite qualquer tipo de contato físico com as pessoas próximas a você e de seu convívio, como familiares, amigos e colegas de trabalho. Procure uma unidade de saúde mais próxima para realizar o exame e garantir o diagnóstico, além da avaliação do estado de saúde. Mantenha-se em isolamento domiciliar até o resultado do exame, e após caso ele dê positivo
Quais as diferenças entre os testes?
A partir dos diversos estudos e avanços em relação ao vírus Sars-CoV 2, a ciência desenvolveu além do teste rápido covid-19, diferentes tipos de testes, indicados para circunstâncias diferentes do estágio da doença.
Cada exame apresenta um nível de sensibilidade e tem o momento indicado para ser realizado. Confira quais são e as suas diferenças.
Teste RT-PCR
A Organização Mundial da Saúde considera o RT-PCR o teste padrão-ouro, por isso, é o mais indicado por profissionais da saúde. Ele é capaz de verificar se há a presença de material genético do vírus. Se o resultado for reagente, é porque a pessoa está com COVID-19. Ele não aponta se a pessoa teve contato com o vírus em algum momento. Sua realização é feita em laboratórios clínico e por meio de secreções respiratórias, retirados através de swab, na garganta ou no nariz (orofaringe e nasofaringe, respectivamente). Seu resultado pode levar alguns dias para sair. Se feito na janela de tempo adequada, o exame tem confiabilidade acima de 90%.
Teste sorológico
O teste sorológico atua na identificação de anticorpos, como o teste rápido covid-19, mas utiliza-se de um mecanismo diferente. Ele precisa ser feito em laboratório e é coletado através da punção de sangue do paciente. Há três tipos de teste sorológico: o CLIA, ELISA e imuno fluorescência. Estes testes apresentam menor sensibilidade que o RT-PCR e se forem feitos logo no início dos sintomas, corre-se o risco de dar falso-negativo.
Todos os testes são devidamente registrados e aprovados pela Anvisa.
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