Residência médica: como se preparar para ser um R1?

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Conheça as etapas da prova e saiba como se preparar para ela. A prova de residência médica é uma das mais difíceis que o médico fará ao longo da vida acadêmica e profissional. Além da concorrência acirrada, ainda há o fato que, no exame em si, cai a matéria estudada durante os seis anos de faculdade. Por isso, é importante se preparar e fazer cursos e workshops na área, como o curso de clínica médica, por exemplo, para estar pronto a responder às perguntas da prova e para se sair bem na entrevista.

O que é a prova de Residência Médica?

É o exame que separa os médicos generalistas de uma especialização, ou seja, do programa de residência. Nessa etapa, o médico irá aprender de forma mais especializada sobre a área escolhida, fornecendo-lhe mais conhecimento sobre o assunto, como Pediatria, Endocrinologia, Dermatologia, Oftalmologia, Cardiologia, Cirurgia Geral etc.

É através dessa prova que a pessoa formada em Medicina irá começar a especialização, tornando-se um residente, ou R1, na linguagem da área.

Como funciona a prova?

O exame de Residência Médica pode mudar de uma instituição para a outra, mas, de forma geral, ele é dividido em duas ou três etapas. Alguns locais não contam com a etapa prática, por isso possuem somente dois passos, outros têm o ciclo completo.

Primeiro passo: prova teórica

Essa é a parte mais temida pelos estudantes, de forma geral. Ela consiste em uma prova teórica com toda a matéria estudada durante a graduação em Medicina, como Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e Medicina Preventiva.

A prova costuma ter por volta de 100 questões, podendo mudar de acordo com cada instituição. Alguns locais ainda contam com perguntas discursivas, como a USP, por exemplo, mas, em geral, são questões de múltipla escolha.

Segundo passo: prova prática

Nesse momento, o médico irá se deparar com, em média, cinco estações com casos clínicos para aplicar seus conhecimentos. Geralmente, são atores contratados pelas universidades para se passarem por pacientes, ilustrando situações que poderiam ser reais no dia a dia.

O candidato tem que fazer o diagnóstico e indicar um tratamento, no tempo cronometrado, enquanto é avaliado pelos aplicadores da prova.

Terceiro passo: entrevista

Essa é a fase final do processo para a residência médica. Apenas os candidatos com as melhores notas nas etapas anteriores são chamados para a final, e ela tem um peso menor na média, mas pode fazer a diferença, frente a uma concorrência grande.

A entrevista é feita avaliando o currículo do candidato, por isso, quanto mais atividades e programas extracurriculares ele tiver, mais chances ele tem. Além disso, algumas perguntas como “por que você deseja estudar com a gente?” ou “como você agregaria para nossa instituição” podem ser feitas, logo é importante estar preparado para elas.

Como ir bem em uma prova de residência?

Para conseguir bons resultados em um exame de residência médica, é preciso se preparar com antecedência. Os candidatos costumam começar a estudar ainda durante a faculdade, nos anos finais.

Dentre as dicas mais eficientes, temos:

  • separe, pelo menos, 3 a 4 horas para estudar diariamente;
  • resolva questões todos os dias;
  • entenda os modelos de provas que irá fazer e estude especificamente para eles;
  • busque um cursinho preparatório;
  • crie metas diárias de estudo;
  • faça atividades extras, como iniciação científica e estágios;
  • participe de congressos e eventos médicos, além de buscar certificações na área.

Acima de tudo, mantenha a calma no dia da prova e da entrevista. Leia e responda tudo com atenção e segurança. Dê seu máximo para conquistar o resultado tão esperado.

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.