Sistema imunológico pode precisar de reforço

Alimentação balanceada e suplementação de nutrientes ajudam a recuperar o funcionamento da defesa do organismo. O aumento da frequência de gripes, resfriados, infecções e problemas de pele podem indicar um sistema imunológico enfraquecido. Nesses casos, uma avaliação médica é necessária para identificar as razões e o tratamento do problema. Mas a boa notícia é que a alimentação balanceada e a suplementação de nutrientes podem ajudar a recuperar o pleno funcionamento da defesa do organismo.
O estilo de vida tem impactos diretos no sistema de combate às doenças, conforme explica a nutricionista especialista em comportamento alimentar e transtornos alimentares pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), em Porto Alegre, Lais Grehs.
Em entrevista à imprensa, a especialista alertou que uma boa alimentação é essencial para a manutenção da imunidade e da saúde no geral. Para isso, recomenda o consumo de alimentos minimamente processados ou in natura. Os produtos industrializados, processados e ultraprocessados devem ser evitados.
Para a manutenção da saúde e da imunidade é necessário, ainda, uma rotina de hábitos saudáveis, o que inclui a prática regular de exercícios físicos, a definição de horários definidos para dormir e acordar e a garantia de um sono de qualidade.
Quando uma pessoa começa a adoecer com frequência, uma das primeiras investigações que deve ser feita é em relação a esses três pilares: alimentação, sono e atividade física.
Sumário
Suplementação é aliada no processo
Especialistas indicam que a suplementação de vitaminas ou nutrientes também pode ser uma aliada importante. A creatina, por exemplo, é uma substância bastante recomendada por conta dos benefícios para o organismo.
Conforme explicação do presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (SBEM-SP), Felipe Henning Gaia Duarte, em entrevista à imprensa, a creatina é produzida pelo corpo de forma natural no fígado, rim e pâncreas, por meio de três aminoácidos – glicina, metionina e arginina. Também pode ser obtida através do consumo de alimentos de origem animal, como leite e carnes, ou pela suplementação.
Até 80% da substância pode ser armazenada pelo organismo, enquanto o restante é excretado pela urina. Segundo Duarte, um dos efeitos da creatina é auxiliar na melhora da força e do desempenho na realização de exercícios físicos.
A suplementação de magnésio também é capaz de trazer benefícios à imunidade. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), a ingestão adequada do nutriente diminui o risco de várias doenças.
Por outro lado, a deficiência pode aumentar a inflamação crônica e o esgotamento das defesas antioxidantes do corpo. A importância do magnésio também é associada à resposta inflamatória e à redução de dano tecidual provocado por algumas patologias.
Exames e vacinas devem estar em dia
Quando há um enfraquecimento das respostas do sistema imunológico diante da ação de agentes infecciosos, ocorre a queda da imunidade. Como destacado pelo médico Drauzio Varella, em seu portal, quando isso acontece, o corpo fica exposto e apresenta sintomas que indicam a necessidade de cuidados com a saúde para solucionar problemas e evitar quadros mais graves.
Ao observar o aumento da frequência de gripes, resfriados e infecções, a recomendação é fazer uma avaliação médica. Além disso, é preciso estar atento a outros sintomas, como queda de cabelo em demasia, perda ou ganho excessivo de peso, cansaço em excesso, constipação ou diarreia.
Diante desses sinais, é importante avaliar a imunidade para saber como está a defesa do organismo contra a ação de patógenos. Os testes devem ser solicitados por um médico, e os mais recomendados costumam ser hemograma completo, dosagem de imunoglobulinas, exames de sorologia, contagem e subpopulação de linfócitos e triagem neonatal para imunodeficiência.
Para evitar problemas relacionados à baixa imunidade, além de cuidar do estilo de vida, é preciso manter o calendário de vacinação atualizado. Segundo a infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e consultora da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), Raquel Stucchi, as vacinas fortalecem os componentes do sistema imune, preparando-os para reagir de maneira mais eficiente contra determinados microrganismos.
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