Como tratar a incontinência urinária durante a gravidez
Condição atinge 40% das gestantes, mas pode ser evitada ou revertida. A incontinência urinária é uma condição comum durante a gravidez, mas pode ser evitada ou revertida ainda na gestação. De modo geral, o problema acontece por conta do crescimento do bebê na barriga, que faz com que o útero pressione a bexiga, levando à compressão do órgão, ao aumento da frequência da vontade de fazer xixi e à dificuldade para segurá-lo.
A necessidade de tratamento – geralmente por meio de fisioterapia pélvica – pode ser identificada e recomendada pelo profissional de obstetrícia que acompanha a mulher. Para diagnosticar o melhor tratamento, é preciso passar por avaliação, já que os escapes podem ocorrer por diferentes motivos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária atinge 40% das gestantes e 35% das mulheres com mais de 40 anos e após a menopausa. Em termos globais, aproximadamente 5% da população é afetada, sendo que o problema é duas vezes mais comum no público feminino.
A incontinência urinária de esforço, tipo mais comum na mulher adulta, segundo a SBU, é caracterizada pelo escape involuntário de urina provocado por desgaste e perda do tônus muscular na região pélvica. A gravidez é um dos fatores que aumentam a pressão abdominal e fazem a mulher ter predisposição para a condição. Além disso, tosse crônica, obesidade e cirurgias pélvicas também são aspectos de risco.
Sumário
Sinais de incontinência urinária
A incontinência urinária se manifesta com sinais como perda de urina antes de chegar ao banheiro, saída de pequenos jatos de urina ao correr, rir, tossir ou espirrar e não conseguir segurar o xixi por mais de um minuto, por exemplo.
Na gravidez, é muito comum que o quadro se apresente a partir do segundo trimestre de gestação. Além disso, mesmo quem não teve incontinência na gravidez pode desenvolvê-la após o parto, seja ele normal ou por cesariana.
Como é feito o tratamento
Para definir o melhor tratamento, é necessário que o médico da área de urologia responsável pelo caso faça uma avaliação para entender o que está causando as perdas urinárias. A fisioterapia pélvica é um tratamento frequentemente indicado para mulheres com incontinência na gestação ou no pós-parto.
O processo ocorre por meio de exercícios de contração e relaxamento muscular, além de atividades respiratórias e de coordenação. Os resultados costumam ser rápidos, e a mulher pode apresentar melhora no controle urinário logo nas primeiras sessões.
A avaliação individual é importante porque a paciente pode ter perda urinária devido a uma ativação elevada do assoalho pélvico, e não por ele estar fraco. Assim, ele pode não funcionar da maneira correta quando for requisitado. Nesse caso, um dos tratamentos possíveis é feito com medicamentos e fisioterapia, segundo a SBU.
Como prevenir a incontinência na gravidez
Uma forma recomendada para evitar a incontinência urinária na gravidez é a realização de sessões de fisioterapia pélvica ainda durante a gestação. A atividade traz benefícios tanto para a prevenção do problema quanto para a preparação do corpo para o parto.
Conforme o estudo “Prevalência e variáveis associadas à incontinência urinária no terceiro trimestre gestacional”, publicado na Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (RBSMI), alguns perfis têm maior chance de desenvolver o quadro na gravidez e merecem atenção especial.
São contempladas na lista mulheres que já engravidaram anteriormente, tinham constipação intestinal antes de engravidar, já apresentavam incontinência urinária antes da gestação, e as que têm bronquite.
É importante ressaltar que, de acordo com especialistas, as mulheres que já têm incontinência urinária podem reverter o quadro antes mesmo de engravidar.
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