1 de agosto de 2024
Post por: Gilson Rodrigues de Siqueira

Dengue Hemorrágica: Entendendo Sintomas e Tratamentos

dengue hemorrágica

Curitiba, 22 de julho de 2024, escrito por Gilson Rodrigues. Dengue hemorrágica é uma forma grave de infecção pelo vírus da dengue e representa um dos principais desafios de saúde pública no Brasil. Essa condição surge como uma evolução do quadro clínico da dengue clássica, levando a manifestações mais intensas e risco elevado de complicações. Os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da dengue comum, incluindo febre alta e dor no corpo, mas podem progredir para sangramentos e queda de pressão arterial, necessitando de atenção médica imediata.

No cenário brasileiro, onde o vírus da dengue está amplamente disseminado, a dengue hemorrágica representa uma preocupação constante entre profissionais da saúde e autoridades médicas. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir os riscos associados à doença e salvar vidas. O monitoramento dos casos e a conscientização da população quanto à prevenção de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor do vírus, são medidas vitais na luta contra a dengue.

Com o intuito de reforçar a importância do enfrentamento da dengue no Brasil, é crucial que se destaque os sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar emergências médicas. A atuação eficaz e o conhecimento dos pacientes sobre quando e como agir diante da suspeita de dengue hemorrágica são determinantes para um prognóstico positivo, enfatizando a importância de um engajamento coletivo no combate à doença.

Etiologia da Dengue Hemorrágica

A dengue hemorrágica é uma doença grave que resulta de uma infecção viral transmitida por mosquitos e pode levar a complicações sérias, incluindo hemorragias.

Vírus da Dengue e Transmissão

O vírus da dengue é o agente etiológico da dengue hemorrágica. Transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, este vírus entra no organismo humano através da picada de mosquitos infectados. A transmissão ocorre quando um mosquito pica uma pessoa com dengue e depois pica outra pessoa saudável, transferindo o vírus.

Fatores de Risco

Diversos fatores de risco contribuem para a severidade da dengue hemorrágica, incluindo imunidade prévia a outro sorotipo do vírus da dengue, que pode aumentar o risco da forma hemorrágica através da potencialização imunológica. Além disso, a genética do indivíduo e fatores ambientais também são considerados determinantes importantes.

Manifestações Hemorrágicas

As manifestações hemorrágicas da dengue incluem sangramento e petéquias (pequenas manchas vermelhas na pele). Estes sintomas refletem uma grave complicação da infecção viral e exigem atenção médica imediata, sendo um dos principais sinais de alerta de progressão para a dengue hemorrágica.

Sintomas e Sinais de Alerta da Dengue Hemorrágica

dengue hemorrágica

Conhecer os sintomas comuns e os sinais de alerta da dengue hemorrágica pode salvar vidas. É crucial identificar rapidamente a progressão da doença para buscar ajuda médica adequada e evitar complicações graves.

Sintomas Comuns

Os sintomas comuns da dengue incluem febre alta, cefaleia, dor atrás dos olhos, fadiga, náusea e erupção cutânea. Muitas vezes, esses sinais podem ser confundidos com os de outras doenças infecciosas.

Sinais de Dengue Grave

A dengue pode evoluir para uma forma mais severa, conhecida como dengue grave. Os sintomas dessa condição englobam dor abdominal intensa, vômitos persistentes e acúmulo de líquidos nos pulmões ou abdômen. A pressão arterial baixa pode indicar um estado de choque iminente.

Síndrome do Choque da Dengue

A Síndrome do Choque da Dengue é extremamente perigosa e é caracterizada por uma súbita queda na pressão arterial, que pode levar a um estado de choque e falha de órgãos vitais.

Sintomas de Alarme e Complicações

Sintomas de alarme que exigem atenção imediata incluem:

  • Sangramento das gengivas ou nariz
  • Vômitos com sangue
  • Dor abdominal severa

Esses sintomas podem evoluir para complicações como permeabilidade vascular aumentada, falha hepática e a síndrome de choque da dengue.

Em caso de quaisquer sinais de alarme, deve-se procurar emergências médicas no Brasil de imediato, dado que a evolução da doença pode ser rápida e fatal.

Diagnóstico e Avaliação da Dengue Hemorrágica

dengue hemorrágica

O diagnóstico da dengue hemorrágica é um processo crítico que requer uma avaliação clínica meticulosa e o suporte de exames laboratoriais específicos para diferenciar esta condição de outras infecções febris. É igualmente importante reconhecer prontamente os casos que necessitam de referência hospitalar para o manejo adequado e redução do risco de complicações graves, como a morte.

Avaliação Clínica

Na avaliação clínica, é fundamental que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais e sintomas característicos da dengue hemorrágica. Alterações como dores abdominais intensas, vômitos persistente, acúmulo de líquidos, dificuldade de respirar, sangramento das mucosas e letargia ou irritabilidade devem ser considerados sinais de alerta. A identificação precoce desses sintomas é essencial para a intervenção rápida e eficaz.

Exames Laboratoriais

Os exames laboratoriais desempenham um papel crucial no diagnóstico e na gestão da dengue hemorrágica. Exames a serem considerados incluem:

  • Contagem de plaquetas: queda significativa pode indicar a gravidade da doença;
  • Hemograma completo: para monitoramento do estado hematológico e detecção de anormalidades;
  • Testes de coagulação: avaliação da função coagulante do paciente;
  • PCR e testes de antígenos NS1: para a confirmação da presença do vírus da dengue, particularmente na primeira semana após o início dos sintomas.

Diferenciação de Outras Infecções

Diferenciar a dengue hemorrágica de outras infecções é essencial para um tratamento direcionado e eficaz. As semelhanças entre os sintomas da dengue hemorrágica e outras doenças febris tropicais exigem que profissionais de saúde realizem avaliações detalhadas para excluir condições como malária, leptospirose e febre amarela.

Critérios de Referência Hospitalar

Determinados critérios devem guiar a decisão de referenciar um paciente para hospitalização. Esses incluem:

  • Sinais de alerta: aumento de hematócrito concorrente à rápida queda do número de plaquetas, sangramentos ou instabilidade hemodinâmica;
  • Necessidade de transfusões de produtos sanguíneos;
  • Indícios de complicações como acumulação de líquidos, problemas respiratórios e sangramentos severos.

A adesão estrita aos protocolos de diagnóstico e avaliação é imperativa para garantir o manejo e a avaliação adequados da dengue hemorrágica, evitando assim progressão para formas mais graves e reduzindo a incidência de mortalidade no Brasil, onde emergências médicas relacionadas à doença são frequentes.

Tratamento e Manejo da Dengue Hemorrágica

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No manejo da dengue hemorrágica, é crucial o atendimento rápido e eficaz para minimizar o risco de complicações. O tratamento envolve medidas de suporte e monitoramento constante dos sinais vitais do paciente.

Atendimento Ambulatorial e Hospitalar

No Brasil, os casos suspeitos de dengue hemorrágica exigem pronta atenção médica em uma clínica ou hospital. A avaliação inicial deve considerar os sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e acúmulo de líquidos. O manejo ambulatorial pode ser suficiente para casos menos graves, mas a dengue grave geralmente requer internação hospitalar para tratamento intensivo.

Hidratação e Tratamento de Suporte

O suporte com hidratação é fundamental, podendo ser oral ou intravenosa, dependendo do nível de gravidade e capacidade do paciente de ingerir líquidos. A manutenção adequada de eletrólitos e a monitoração da diurese são aspectos críticos para evitar o desequilíbrio hidroeletrolítico.

Gestão de Complicações

O tratamento de complicações pode envolver transfusões de sangue ou plaquetas para pacientes com contagens significativamente baixas. Monitorar e ajustar a pressão sanguínea é crucial, uma vez que flutuações podem indicar progressão para choque.

Prognóstico e Monitoramento

O prognóstico depende do diagnóstico precoce e do tratamento adequado das manifestações clínicas. O uso de indicadores como a contagem de plaquetas e o hematocrito auxilia no monitoramento da gravidade da doença e na resposta ao tratamento. Pacientes devem ser acompanhados até a total recuperação dos sintomas e normalização dos exames.

Prevenção e Controle da Dengue Hemorrágica

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A luta contra a dengue hemorrágica se baseia em estratégias eficazes de prevenção e controle. Estas incluem a vacinação e práticas de combate aos mosquitos, bem como esforços para promover a educação e ações conscientes, tanto individualmente quanto em comunidade.

Vacinação e Imunização

A vacina Dengvaxia é a primeira a ser licenciada no Brasil para uso contra a dengue. Contudo, sua aplicação é recomendada apenas para indivíduos que já foram infectados anteriormente pelo vírus da dengue. A Organização Mundial da Saúde destaca a importância de programas de imunização principalmente em áreas com alta incidência da doença.

Práticas de Controle de Mosquitos

O controle do vetor Aedes aegypti é essencial para limitar a transmissão da dengue. Medidas importantes incluem a eliminação de água parada, onde os mosquitos podem se reproduzir, bem como o uso de repelente de mosquitos e a instalação de telas em janelas e portas.

Educação e Conscientização Pública

Programas de educação visam aumentar a conscientização sobre os riscos da dengue e as formas de prevenção. Conhecer os sintomas da dengue e compreender a importância do tratamento imediato é crucial, e organizações como a Organização Mundial da Saúde oferecem recursos e diretrizes para apoiar essas iniciativas em todo o Brasil.

Planejamento de Viagem e Precauções

Quem viaja para regiões endêmicas deve tomar precauções adicionais, como usar vestimentas que cubram a maior parte do corpo, preferencialmente de cores claras. A aplicação de repelente contendo DEET e a escolha de acomodações protegidas por redes contra insetos são medidas recomendadas a viajantes para evitar a picada do mosquito transmissor da dengue.

Impacto Global e Perspectivas da Dengue Hemorrágica

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A dengue hemorrágica, também conhecida como febre hemorrágica da dengue, manifesta-se como uma das expressões mais severas dessa doença. Assumindo proporções epidêmicas em áreas tropicais e subtropicais, sua incidência global tem crescido assustadoramente, associando-se a altos índices de mortalidade.

Epidemiologia Macrorregional

Em um panorama macro, a dengue é responsável por um elevado número de mortes especialmente em áreas tropicais e subtropicais, onde as condições climáticas favorecem a proliferação do vetor Aedes aegypti. As Américas, com sua vasta expanse tropical, têm vivenciado epidemias recorrentes. Na Europa e em África, embora a presença da dengue seja historicamente menos significativa, casos importados têm alarmado as autoridades sanitárias, o que evidencia a importância da vigilância global.

A incidência global da dengue tem aumentado, e o cenário é complexificado pela variabilidade genética do vírus, que possui quatro sorotipos distintos e pela dificuldade de se estabelecer uma única estratégia de controle eficaz. Este aumento sustentado de casos resulta num maior risco de epidemias severas, e em consequência, um incremento nas taxas de mortalidade.

Ao abordar a situação no Brasil, percebe-se o país como um dos epicentros da questão, com Emergências Médicas relacionadas à dengue demandando atenção especial do sistema de saúde. O acompanhamento de métricas e estudos científicos a respeito da Produção Científica Em Dengue provê dados essenciais para estratégias de prevenção e controle direcionadas à população brasileira.

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Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.

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