15 de dezembro de 2022
Post por: Gilson Rodrigues de Siqueira

A importância da empatia no atendimento médico

atendimento médico

Curitiba, 15 de dezembro de 2022, escrito por Ellen Parra, entusiasta da psicologia. Atendimento médico: Muitos médicos pensam que seu diploma de graduação e a jornada percorrida para sua formação já são suficientes para se qualificarem e conseguirem a fidelidade de seus pacientes, porém isso não poderia estar mais longe da verdade.

Estudar durante vários anos, realizar estágios e a residência é algo que com certeza deve ser valorizado e respeitado, contudo, para ser um bom médico, a empatia é algo que não pode faltar no seu atendimento. Ela é a chave para uma consulta de qualidade que fideliza o cliente, ou seja, seu paciente. E dessa maneira, além de conquistá-los, o médico amplia sua carteira de clientes.

Mas primeiro, o que é empatia?

Antes de entendermos qual a real importância da empatia para atender os pacientes, vamos entender o que esse conceito significa: uma pessoa empática é aquela que é capaz de se colocar no lugar do outro, sentindo suas dores ou alegrias, entendendo seus sentimentos, e pensando como estaria reagindo se determinada situação estivesse acontecendo com ela ao invés do outro.

Entretanto, empatia não deve ser confundida com simpatia, que também é muito importante durante um atendimento médico, porém a empatia é muito mais que “educação”, ela muda as relações dos seres humanos, e isso já é comprovado cientificamente.

A divisão de Ciências Médicas da Universidade de Oxford que estuda a empatia, publicou um artigo que mostra que, mesmo quando um médico classifica seu atendimento como excelente, ele ainda pode estar perdendo sinais que seu paciente dá de que está com medo, e isso dificulta o processo de melhora. Eles exemplificam com o caso de um médico que atendeu sua mãe e que ficou orgulhoso do atendimento bem feito, mas a senhora diz que foram dias horríveis em que ela sentia medo de não ver mais os netos.

Então qual a real importância da empatia no atendimento médico?

Um médico empático proporciona uma consulta mais humanizada, lembrando de que aquele paciente não é apenas um quadro de sintomas, mas também uma pessoa com sentimentos, que pode, por exemplo, estar assustada ou desconfortável de ir ao médico. O que pode ser o caso de diversas pessoas, já que é normal sentir receio ao ir numa consulta médica ou a um hospital.

Nesses caso existem algumas atitudes que o médico deve tomar para deixar aquela consulta o mais tranquila possível para o paciente, como mostrar que se importa com o que ele está sentindo e que vai fazer de tudo para acomodá-lo e ainda lembrá-lo de que, quem o está examinando também é uma pessoa com sentimentos e que entende os dele.

Isso leva a muitos benefícios, para o paciente e para o médico, como a otimização da comunicação, já que o paciente se sente mais próximo ao seu médico e passa a confiar nele. Detalhes importantes podem surgir e isso melhora o atendimento do profissional de forma geral. Como acreditava o filósofo alemão Hans-Georg Gadamer, que a confiança e a colaboração do paciente em seu médico tem fundamental importância para seu diagnóstico e tratamento.

E ainda, o médico que se lembra que pacientes costumam reagir de maneira sentimental em relação à saúde e usa da sensibilidade na hora de uma consulta delicada, traz a consulta, humanidade. Outra vantagem trazida pela empatia.

Demonstrar empatia pelo paciente é tão importante quanto estudar qualquer outra matéria de medicina, pois sua falta pode prejudicar demais o processo do paciente. Quando o médico é frio e distante, agindo de maneira automatizada, o paciente tende a omitir alguns sintomas de seu quadro, ou o médico acaba não ouvindo atentamente e perde algo dito por ele, o que pode levar a falta dos pacientes nas consultas e atrapalhar todo seu tratamento, medicamentoso ou não.

Além do lado que beneficia o paciente, há também o lado que beneficia o médico empreendedor, por exemplo. Para um bom e sucedido gerenciamento de uma clínica, a empatia com seus pacientes é indispensável, já que ela é a chave para o desenvolvimento. Afinal, por que o paciente marcaria outra consulta num consultório que não teve um atendimento agradável?

Como trabalhar a empatia em seu consultório?

Como dito antes, para seguir a área da medicina, que é hoje uma das áreas mais desafiadoras, é necessário possuir mais que conhecimentos teóricos e acadêmicos. É preciso também habilidades socioemocionais, para que você seja um médico humanizado e empático. Algumas dessas habilidades são:

Autoconhecimento – com isso o profissional é capaz de saber suas limitações e o que precisa ser melhorado durante o curso, seus pontos altos e baixos e o que faz dele um profissional diferenciado.

Criatividade – esta habilidade entra na parte de buscar soluções para seu problema, que pode envolver o hospital, seu consultório ou até um paciente. Ter um raciocínio rápido em emergências e momentos onde esteja sob pressão.

Comunicação – na hora da consulta, todo médico deve ouvir seu paciente com interesse e também demonstrar seu conhecimento de forma personalizada, fazendo com que seu paciente o entenda e consiga ficar tranquilo.

Autocontrole emocional – essa prática emocional é muito importante para que o médico saiba exatamente a medida de empatia a ter numa consulta, e não se envolver emocionalmente nos casos de alguns pacientes. Controlar suas emoções é indispensável para aqueles que querem atuar na medicina.

Coisas pequenas no atendimento médico fazem toda a diferença para que seu paciente se sinta confortável e confie em você, como disponibilizar seu email ou celular em caso de dúvidas que seu paciente possa ter. Tais atitudes desencadeiam muitos aspectos positivos para seu consultório e para a melhora rápida e efetiva de seus pacientes.

Escrito por Ellen Parra, entusiasta da psicologia.

Saiba mais:

Gostou desse artigo? 

Gilson Rodrigues de Siqueira

Formado em enfermagem, pós graduado, palestrante em dependência química, diretor e proprietário da Brasil Emergências Médicas, Visão Tattoo e escritor nas horas vagas.