Convulsão: tudo o que você precisa saber

convulsão você precisa saber

Curitiba, 7 de dezembro de 2021, escrito por Gilson Rodrigues. As crises convulsivas podem deixar sequelas sérias ao organismo, portanto, prestar os primeiros socorros de maneira adequada é imprescindível para preservar o estado de saúde da vítima.

Apesar de muitas vezes acontecer apenas de maneira esporádica, suscetíveis a crises convulsivas podem indicar algum problema de saúde e precisa de acompanhamento médico. Saber como agir nessas situações é importante para oferecer o suporte necessário à vítima.

Veja a seguir quais as causas da convulsão e como proceder nesses momentos.

WhatsApp

O que causa a convulsão?

É possível que a causa da convulsão seja indeterminável, entretanto, há alguns fatores que podem desencadeá-las, como:

  • Febre;
  • Hemorragias;
  • Queda na taxa de açúcar (hipoglicemia)
  • Uso de alguns tipos específicos de medicamentos
  • Traumatismo craniano
  • Epilepsia
  • Desidratação;
  • Intoxicações por produtos químicos
  • Algumas doenças, como tumores cerebrais, meningite e tétano
  • Falta de oxigenação no cérebro

Identificar a possível causa da convulsão é a maneira mais eficiente de se tratar o problema e evitar crises futuras. Portanto, ao ter um episódio de convulsão, é indispensável uma avaliação médica especializada para diagnóstico e indicação do tratamento.

Convulsão: o que fazer?

Garantir os primeiros socorros para uma pessoa que esteja tendo uma crise convulsiva é essencial. Saber o que fazer e como agir nesses momentos pode ajudar a evitar sequelas ou possíveis complicações. O primeiro passo é manter a calma e ligar para um serviço de emergência, seja ele o SAMU 192 ou um serviço de ambulância particular  como a Brasil Emergências Médicas.

Veja algumas recomendações do que fazer durante crises convulsivas:

  1. Não se desespere e acalme as pessoas ao seu redor e pedindo para se afastarem caso esteja aglomerando sobre a vítima;
  2. Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão, segurando-a caso ela dê sinais de perda de consciência;
  3. Acomode o indivíduo em local livre de objetos dos quais ela pode se debater e se machucar;
  4. Posicione abaixo de sua cabeça algo macio para proteger o paciente, como por exemplo; um travesseiro, casaco dobrado ou outro material disponível que seja macio;
  5. Coloque a pessoa de lado de maneira que o excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns casos) escorram para fora da boca e evite que ela engasgue  ou sufoque;
  6. Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire melhor;
  7. Reduza os estímulos luminosos que possam ter no local;
  8. Não deixe a vítima sozinha até que ela esteja totalmente recuperada e acordada. É comum pessoas após uma crise convulsiva ficarem sonolentas.
  9. Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir cansada e confusa, explique o que ocorreu e ofereça auxílio para chamar um familiar. Caso a crise convulsiva dure mais de 5 minutos sem sinais de melhora ou outro episódio ocorra, peça ajuda médica.

O que não fazer durante uma crise convulsiva

Agora que você já sabe como agir durante uma crise convulsiva, veja o que não fazer nesses momentos:

  1. Não aperte ou segure a vítima na tentativa de impedir os seus movimentos, procure apenas evitar que ela se machuque com objetos ou móveis ao seu redor;
  2. Nunca coloque a mão ou qualquer objeto dentro da boca da vítima, as contrações musculares durante a crise convulsiva são muito fortes e inconscientemente, podendo machucá-lo com mordidas;
  3. Não jogue água no rosto da vítima para ela “acordar” ou retomar a consciência;
  4. Não dê nenhum medicamento que você ache que possa melhorar a crise;
  5. Não coloque nada próximo ao nariz da vítima para ela cheirar.

Quais os sintomas da convulsão?

Apesar de variar de pessoa para pessoa ou de acordo com o tipo e gravidade da crise, os principais sintomas observados em crises convulsivas são:

  • Contração involuntária e violenta de todo o corpo
  • Palidez
  • Salivação excessiva
  • Perda súbita de consciência
  • Lábios mais azulados ou arroxeados
  • Dentes enrijecido e firmes
  • Vômitos
  • Eliminação involuntária de fezes e urina (em determinados casos)
  • É possível ter alucinações dependendo da área acometida
  • Incapacidade de falar se a zona que controla a fala (localizada no lóbulo frontal) for afetada

De modo geral, as convulsões têm duração curta, de 1 a 3 minutos, podendo ocorrer em qualquer idade e sexo.

Tipos de convulsão

As convulsões podem ser classificadas em generalizada ou focal, em que cada uma atinge uma parte diferente do cérebro, confira:

  • Generalizadas

Esse tipo de crise convulsiva atinge os dois lados do cérebro e, por isso, recebe o nome de generalizada. Ela também pode se dividir em crise de ausência ou tônico-clônica. Na crise de ausência não apresenta sintomas físicos perceptíveis e enquanto ela ocorre a pessoa apresenta um olhar vago e perdido por alguns segundos ou minutos, sem apresentar resposta caso seja chamada. Já a tônico-clônica, os sinais físicos são mais intensos, apresentando contração muscular involuntária, perda da consciência e movimentos de repetição.

  • Focais

As focais, como o próprio nome sugere, acomete apenas uma parte do cérebro e pode ocorrer sem a perda da consciência (simples) ou com perda de consciência (complexa).

Convulsão febril

A convulsão febril é considerada um tipo de convulsão generalizada e dura, na maioria dos casos, poucos minutos. Os sintomas mais comuns são a perda da consciência, abalos nos braços e nas pernas, dificuldade para respirar e olhos virados. Acomete cerca de 2 a 5% das crianças de até 5 anos de idade.

Ela ocorre como uma resposta do cérebro à elevação da temperatura do corpo, causada por infecções ou outras doenças associadas. Mais ocorrida em crianças. Os primeiros socorros são os mesmos citados acima. Lembre-se da importância de uma consulta médica após o episódio para acompanhamento adequado.

Apesar de parecer assustadora, a maioria das crises de convulsão febril não deixa nenhuma sequela cerebral ou problemas no desenvolvimento. Caso as crises voltem a ocorrer mais e mais vezes é importante buscar tratamento específico.

Crise convulsiva no idoso

Mesmo que não seja uma doença relacionada à idade, as crises convulsivas têm aumentado na população idosa. As principais causas de convulsões nessa faixa etária envolvem AVC, problemas no metabolismo como hipo ou hiperglicemia, infecções, intoxicações e abstinência alcoólica. A convulsão nos idosos também pode estar associada a demência e epilepsia.

Para tratamento adequado, recomenda-se uma avaliação com médico especializado para indicar os medicamentos específicos para o caso, além de orientações e cuidados necessários.

WhatsApp

Saiba mais:

Gostou desse artigo?